Caderno da Maga
terça-feira, 24 de abril de 2018
XI
um rio que seja para esta fome de raízes
não saberemos da morte
do seu rosto exposto ao sol
ou da memória que vestirá os nossos ombros
como a água que se move
eu tenho pressa
sábado, 7 de abril de 2018
X
a língua que diz
- não se mova -
pela leveza dos espaços
não é desta espessura que falo
mas das inundações não fabricadas
do peixe que se ergue no mar
e não retorna
terça-feira, 3 de abril de 2018
IX
um longo tempo
sem tecer a trégua
que fossem então as águas
a costurar os estilhaços
a nudez dos que ficaram
- e não souberam -
o peito a arfar
porque é noite
e já não se respira
o leito deste rio
é a mudez absoluta
Postagens mais recentes
Postagens mais antigas
Página inicial
Assinar:
Postagens (Atom)